Perna, Dedo, Mão.

"Neste mês de julho vou vos contar história esquisita de um ser mais esquisito ainda..." 
(Clarice Lispector)


      Neste encontro montamos a nossa primeira cena, depois de 9 encontros conseguimos dar uma cara a primeira cena do texto teatral de Clarice Lispector. Não estamos cansados, esta forma de construir uma obra artística não nos exige força, e sim dedicação e vontade de fazer.
      Ao longo destes encontros investigamos tudo aquilo que um anjo pode possuir, voz, corpo, cheiro, música e invisibilidade, não se trata de um trabalho finalizado, mas de uma investigação cumprida. Os corpos demostraram a cada encontro leveza ameaçadora, harmonia desconfiada, pois bem... deve ser assim os nossos anjos!
Tivemos alguns desistentes do projeto, mas como disse "alguém", em nossa vida muitos passam, mas ela é construída com os que ficam. 



A história das bexigas






Zé do algodão (Anderson Vieira)

Assim que o Zé saiu ele agregou a si um algodão, passou por alguns momentos de  tensão ao fugir das minhas mãos e quase se atropelado. Mas, ele sobreviveu.
Foi para a minha casa, passou o São João em cima de uma prateleira, no meu quarto, ao lado de uma bexiga amarela. Creio que eles namoraram e fizeram o que tinham de fazer.
Está agora meu lado, murcho, porém feliz.
Oh! Triste fim...


(Bruno Alves)
Quando eu sai do encontro com o balão lilás eu fiquei pensando no iria fazer com ele, caminhei pelo centro com um balão na mão e dei um furo nele com os dentes para que ele secasse sem fazer barulho de explosão.
Quando todo seu ar saiu eu o guardei na minha bolsa. Esqueci que ele estava lá murcho e silencioso.
Na quarta-feira ao voltar do estágio vi que saia do fundo da minha bolsa uma coisa lilás. Passei uns segundos tentando lembrar como um balão murcho foi parar em minha bolsa.
Lembrei agora de onde ele veio, mas acho que naquele dia eu joguei fora


 A Bola vermelha (Diogo Honorato)


A bola estava seca, e queria se explodir, então pediu a uma pessoa, que soprasse bem forte, até que ela ficasse bem grande. Ao ficar grande sua cor pode ser vista por todas as outras pessoas, pois sia cor era na mais, nada menos que a cor do amor, o vermelho.
A bola ficou tão grande, mais tão grande, que explodiu, e apenas, ficou lembrada por todos, durante varias gerações como a bola vermelha.


Pai desnaturado (Bruno Leon)

Esqueci meu filho. Esqueci mesmo. A pressa, rotina, o dia-a-dia faz-no esquecer de coisas importantes, faz-no tentar ganhar tempo, quando na verdade perdemos. Hoje tive sorte, mas amanhã? Agradeço a Deus por ter colocado o anjo Diogo no caminho, na vida de meu filho. Graças a ele meu filho está são e salvo. Tive uma segunda chance, mas nem sempre terei uma nova oportunidade. Foco, atenção, calma. 

A bexiga azul (Meire Benuche)


A minha bexiga surgiu como uma companheira, uma boa ouvinte, até que chegasse em casa. 
Quando a deixei repousar  na cama um pouco e depois guardei no armário onde ela permanece até hoje. Já não tem o mesmo vigor pois a pobrezinha murchou um pouco mas permanece lá á espera de uma conversa.


Minha bexiga verde (Mare Gomes)


Saí do espaço cultural com ela, sui pro ponto de ônibus conversei um pouco com a Rayane e o Helder.
Peguei o ônibus e sempre com ela na mão, algumas pessoas olhavam pra ela e pra mim com a expressão de como se perguntassem porque eu estava com aquela bexiga nas mãos.
.Vi duas crianças e deu até vontade de escolher uma e lhe dar. Mas ela já tinha destino certo, o Evinho um menino que gosto muito.
Então, no domingo eu entreguei ela, a bexiga verde para o Evinho, e ele ficou muito alegre, e eu também por ter dado a ele aquele pequeno momento de alegria.


As lentes: Um outro universo

Novamente tivemos o encontro fotografado por Nivaldo Vasconcelos, fotografo e cineasta alagoano.
É interessante observarmos os nossos registros por outro universo: o universo artístico! Suas lentes no fazem perceber o sensível e o como estamos engessados em não recordarmos de movimentos, o quanto a nossa memória é falha, de modo que não lembramos o momento exato e o que estávamos fazendo no momento em que "aquela" fotografia foi tirada. 


Diário de Bordo II
imergir, Doce Mergulho, Claro cheiro
no fundo do mar.
(Nivaldo Vasconcelos)


Abaixo segue algumas fotografias de Nivaldo Vasconcelos, do nosso encontro do dia 05 de julho:


Jailson Natividade

Bruno Alves, Diogo Honorato e Jailson Natividade

Bruno Leon

Mare Gomes e Bruno Alves

Meire Benuche

Bruno Leon

Jailson Natividade

Meire Benuche


Meire Benuche e Bruno Leon



Neste encontro tivemos a visita de Vitor Leão, uma passagem breve, mas o memso nçao deixou de nos deixar uma frase como registro:

A pecadora Rasgada; em sua forma!
(Vitor Leão)

Também tivemos o presente do artísta Henrique Nagope (administrador da página "A Meu Ler"). Usamos estas imagens para exercícios deste encontro.



Perna, Dedo, Mão...



"Perna, dedo, mão:
Perna dedo, perna mão.
Perna, dedo, mão,
Perna, dedo, perna, mão, mão."

De uma simples musica ( que aprendi em minha infância nas igrejas) extraímos várias formas de realizar música. Como a própria letra original da música diz: Essa é uma dança da paz, é com o coração que todo mundo vai curtir esta canção. O que ajuda uma música gostosa soar no espaço é brincar distraidamente, uma brincadeira seria. E é no ritmo dessa canção que deixo aqui essas palavras-registro!


Música original: (Não importa a religião o que vale é jogar distraidamente)





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