Em Plena Lua de Mel

"Dizem que o seu coração
Voa mais que avião
Dizem que seu amor
Só tem gosto de fel
Vai trair o marido em plena lua de mel"
(Reginaldo Rossi)
Foto: Felipe Espíndola


Bem, hoje conhecemos "A Pecadora". Também realizamos a primeira leitura do texto na integra. Estamos em plena lua de mel com as palavras de Clarice Lispector e com o "adultério" da Pecadora.
Mas, quem é esta mulher? Quem é a Pecadora do texto de Clarice Lispector? Bem, trata-se de uma personagem que está condenada a ser queimada em praça pública por ter traído o Amante e ter traído o Marido. Mas como assim? Bem... vai lá saber! São coisas da Clarice. O que se sabe é que ela é apontada como pecadora por cometer adultério e por desestabilizar a "harmonia" de uma comunidade, de um "povo", povo este que tem "fome de carne assada".
Foto: Felipe Espíndola



Mas eu não rio e por um momento não sofro.
 Abro os olhos até agora fechados pela jactância, e vos pergunto: quem?
Quem é esta estrangeira, quem é esta solitária a quem não bastou um coração.
(Clarice Lispector)
Hoje o nosso encontro foi registrado "fotomagicamente", por Felipe Espíndola - Fotografo e Ator Garanhuense, estudante de Cinema da UFPE - um novo olhar, via lente e via fotografo nos revela um outro mundo. Não o da fotografia, mas um mundo que ainda "não tem nome".

Foto: Felipe Espíndola
Foto: Felipe Espíndola


Foto: Felipe Espíndola


Foto: Felipe Espíndola


Foto: Felipe Espíndola


Foto: Felipe Espíndola


Foto: Felipe Espíndola

Entre passos e cansaços,
dançamos quase descalços
 e despidos de tristeza,
nos vemos nas lentes das câmeras e percebemos o quanto o movimento se desprende da beleza,
 entra em um campo tão abstrato
 que mesmo que fosse impresso em um retrato
 suas marcas eu não interpretaria,
 pois as fotografias de hoje seriam uma mistura de dança,
 alma, luz e água fria.
(Anderson Vieira)


Vamos Pensar Um Pouco...


Foto: Felipe Espíndola

 Conhecer o texto depois de praticar e investigar... !? Como foi isso?

Foto: Felipe Espíndola
 Ter o contato com o texto agora é incrível, porque ao lê, eu fui resgatando imagens dos nossos trabalhos corporais e isso fez com que eu olha-se esse texto que é complexo, com mais vida, visualizei altas possibilidades, e eu acabei construindo leituras para as imagens e movimentos feitos, e tudo foi se encaixando (Rayane Wise).






Foto: Felipe Espíndola
Ao ler o texto (peça de Clarice) me veio a minha composição que estava construindo ao ouvir com as músicas (20 minutos) e com depoimentos do grupo em relação à fácil compreensão do texto após o estudo do texto no corpo onde tudo o que construímos corporalmente falando até agora preenchia o enredo da peça. Acredito que esse seja o melhor caminho para a construção de um capítulo onde o texto seja um ponto central (Cleci Nascimento)





Foto: Felipe Espíndola



Considero que dá mais sentido à produção, em todos os aspectos: corpo, tempo, voz, dinâmica, conhecimento interpessoal... A palavra dita fica completa pela ação ao corpo e passa a existir de forma concreta a obra. Foi esta experiência (Jailson Natividade).







Foto: Felipe Espíndola



Como ver o que ainda não foi visto? Dar forma sem a instrução para formar um todo iniciado pelo ponto final. É um caminho que ao proporcionar tratar perspectivas não margem para se perder. Louca experiência que vejo agora ser tão sábia e eficaz (Meire Benuche)









Foto: Felipe Espíndola




Lemos o texto hoje com aproximadamente quatro meses de processo iniciado... Por mais que tenhamos lido o texto pela primeira vez, com algum tempo que já iniciamos o processo, a sensação é de que já conhecia o texto... Eu já estava intima dele. Na verdade já tínhamos lido o texto, lido não, pesquisado, descoberto ele com o nosso corpo (Nathaly Pereira)




Foto: Felipe Espíndola


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 Ah harmonia dentro da desarmonia, pois ao pecar, ela pode tentar, se equilibra, pois algo lhe faltava, Teve sonhos realizados.










Foto: Felipe Espíndola


Depois de alguns encontros, hoje conhecemos o texto A Pecadora Queimada e os Anjos Harmoniosos, E todos os exercícios dos encontros vão se encaixando perfeitamente. Fizemos a leitura do texto, analisamos e etc.
E o que ficou em mim, foi um estímulo maior que o de antes.
Muito, muito bom.











Hoje dançamos o que tínhamos para dançar: Reginaldo Rossi, Chico Buarque, e todos os bregas dos bares. "Em Plena Lua de Mel", "Geni e o Zepelim", "Foi Tudo Culpa do Amor"... dançamos até o barulha da sala ao lado.



Foto: Felipe Espíndola



Existe uma pausa necessária na vida de todo ser humano. Seria tão bom se dedicássemos um minuto por dia do nosso tempo para simplesmente dançarmos. Uma atividade tão simples. O que custa dançar enquanto a fila do supermercado não anda? Porque não dançar no caminho de casa para o trabalho? Por vergonha? Ou esqueceu o quanto é bom dançar? É falta de música? Põe um fone ouvido, ou imagina sons de cavalos, se não quer imaginar dialoga com a cidade. Só não esqueça de uma coisa: é necessário dançar.


 Deu vontade de dançar?

Deu vontade de dança? Solte o "play" e dance as mesmas músicas que dançamos hoje no encontro...


"O ato que me leva
escolher um caminho
esse caminho raiva de mim mesma.
Não sabia se ia ou ficava, era um circulo,
nunca tem fim.
Longo caminho (Mare Gomes)".

Foto: Felipe Espíndola

Foto: Felipe Espíndola


Até semana que vem... !


Comentários

  1. Sempre achei uma injustiça a letra dessa música com a música em si. Quem vai trair o marido em plena lua de mel?!!!!. Não conhecia as mazelas da vida.

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    Respostas
    1. Verdade. Trair o Marido em Plena lua de mel pode ser uma grande injustiça... Muito interessante a sua análise. Sempre bom analisarmos as entrelinhas das coisas.
      Acompanhe sempre o nosso processo e sempre que puder nos dê um retorno!

      Curta nossa página no facebook: www.facebook.com/projetoclaricena
      Abraços.

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