O que há por trás de um sonho?
Não estou falando daqueles que temos quando estamos dormindo um sono profundo, nem daqueles que sonhamos acordados. Estou aqui querendo decifrar o verdadeiro significado de um sonho pessoal. Um desejo ardente. Desejo este que denominamos de: sonho. E parece ser algo totalmente intangível. O que nos faz pensar assim? Por qual motivo achamos que nossos sonhos estão tão distantes de nós mesmos? E que por muitas vezes desistimos deles? Seria o sonho apenas uma fantasia?
A realidade é antônima do sonho. Então, se conseguirmos vivenciar o sonho, tornando ele real, deixou o sonho de existir? O sonho morre para dar vida a realidade? É preciso criar outros sonhos? Ou dar continuidade a vida gerada?
Uma vez um certo jovem tinha o sonho de ser artista. Artista de teatro. Ele nunca teve apoio, muitas vezes nem dele mesmo. E esse sonho cada vez ia ficando mais distante de si. A vida pede a cada segundo que façamos escolhas, assim como foi a vida do pequeno jovem. Em cada segundo somos bombardeados por escolhas, e as opções cada vez mais diversas, e somos obrigados a fazê-las. E não escolher nenhuma escolha, é uma escolha. E o jovem fez suas escolhas, e continua fazendo.
O jovem não sabia dia, nem hora. Mas as suas escolhas, determinação e coragem aliadas com o tempo, foram se encarregando da materialização do sonho.
PAUSA.
Lá estava ele. Frente a frente com o sonho. Quem poderia acreditar? Ele estava sentindo seu sonho de maneira real, e ele vivenciou o sonho. E foi tão mágico, e tão rápido. Acabou. E agora? O sonho deixou de ser sonho? O sonho ganhou vida e temos que dar continuidade? Então estaria ele vivendo no sonho?
Respostas definitivas eu não terei. Mas sei que não vou parar por aqui (disse o garoto). Quero poder dar continuidade ao filho que foi gerado. Quero ensiná-lo a andar, quero vê-lo caminhar. Quero chorar junto com ele. Quero viver com ele.
E assim a vida do garoto continua dando vida ao seu sonho.
Assim como a minha continua.
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| Foto: Maria Baliakova |
E em uma noite mágica do dia 26 de julho de dois mil e dezessete. Um jovem concretiza um sonho. Um sonho que ele não sabe de onde vem e nem o por quê. Mas lembra quando ele concebido assim como em uma gestação, a diferença é que a gestação natural de um ser vivo tem um tempo “definido” e a gestação de um sonho o tempo, só ele (o tempo) sabe defini-lo.
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