Não Só de Vitórias Vive o Artista...


Não só de vitórias vive o artista, mas em busca de concretizações e de superações perante os desafios.
O Artista não vive, ele sobrevive.
Buscamos a institucionalização do nosso projeto, que no momento sobrevive as margens de um aspaço não adequado para trabalho. E dentro de todos os limites buscamos superações.




Vamos Pensar Um Pouco: Meire Benuche



Meire Benuche nos trouxe a reflexão desta semana. 



"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você, não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em 'entender'. Viver ultrapassa qualquer entendimento.". Foram as suas palavras, citando Clarice Lispector.
O mergulho em novos mundos, em novas águas, a confiança em novas pessoas, o desejo de trabalhar e buscar uma arte, foram as suas reflexões.
Meire, nos trouxe uma forma corporal de refletir sobre a confiança no outro e sobre a busca pelo novo.
Todos sentados em uma cadeira, formando um circulo, aos poucos cada um deitou no colo do colega ao lado, as cadeiras foram tiradas e todos ficamos suspensos, em nós mesmos. Textos de Clarice Lispector se fez presente naquele espaço, a partir da reflexão que a Meire nos trouxe. Agora mergulhemos mais um pouco...








Essa atitude involuntária: O Jogo!

 O jogo. Esta pausa no cotiano que nos permite uma livre fugida, um livre alçar de voo. Uma atitude necessária e involuntária.  Um simples caminhar na rua torna-se um jogo. Esse jogo de andar as pressas desviando de muitas e muitas pessoas, calculando irracionalmente o momento de virar o ombro para não esbarrar em ninguém, porque quando nãos nos desviamos: a gente esbarra. Só uma vertigem é o que precisamos para sair rodopiando aos saltos... Coragem para vertiginar é o que nos falta.
 Quem dera sermos tão livres, mas se fossemos livres e livres enfim morreríamos, liberdade é confundida com invasão de espaço. 
  Violan Spolin, guiou nosso encontro do dia 03 de maio. Seus jogos e suas abordagens metodológicas experimentaram no corpo dos atores o estado de corpo presente para a vida cênica, dura vida esta não? Não, a gente reclama do sofrimento para fazer uma obra artística, mas dizem que artista tem mania de sofrer.

  Compomos o espaço o qual estávamos abitando, compomos sem intervirmos drasticamente, sem mudar o rumo do mesmo. A mesma coisa não se pode dizer de outros frequentadores do mesmo espaço que estamos utilizando, interviram em nosso trabalho de forma não construtiva, até desumana e desrespeitosa. Onde um espaço para trabalho é coletivo, é o respeito ao trabalho dos outros que me mantém firme e compreensivo. Do que vale 100 anos de grupo se temos apenas 0 de maturidade? Liberdade não é invadir espaços, repito. 
  Mas, a gente segue firme, não se deixa intervir, e o silêncio colabora com o nosso processo. Só uma vertigem nos fez saltar sem rodopios... Sem rodopios, ainda. Afinal o que é o artista sem buscar a vitória?




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